sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Consultor aponta irregularidades em comissões e acordos corporativos


Entrevista
30/1/2009
Consultor aponta irregularidades em comissões e acordos corporativos
Da Redação
Esta semana a consultoria conseguiu recuperar R138 mil, numerário acumulado durante o período de um ano, retido pela TAM
Foto: Diário do Turismo http://www.dariodoturismo.com.br/

Sem cafezinho ou tapinha nas costas, o prazer e a diversão do jovem consultor Marcos Costa, sócio-diretor da Costa & Siqueira são resultados, ou vulgarmente falando, a tinta preta no papel branco.
Chancelada por outras consultorias como a Hoji Consulting, a Premium Auditores ou a SP Master Consultoria Empresarial, e por uma associação de advogados, a empresa de consultoria tem clientes da magnitude de uma Bayer, Nordisk Farmacêutica, L´Oreal, entre outros que, por sua vez, fazem acordos corporativos com operadoras e agências de viagens. Costa, nessa entrevista exclusiva concedida ao diretor do Diário do Turismo, Paulo Atzingen, abre o verbo: “Identificamos que 72% dos Acordos Corporativos não são honrados, cerca de 80% do valor dos impostos repassados ao cliente não são recolhidos pela agência. Além disso, a comissão das agências não são recolhidas nos estados onde os bilhetes são emitidos, lesando a arrecadação”, declara.
Em um período em que as empresas refazem as contas, se reinventam e cortam custos para sobreviver no mercado, essa empresa de consultoria presta um serviço aos seus clientes, devolvendo a eles recebíveis, que se não reclamados, entrariam no buraco negro da desordem tributária e fiscal que está presente no país e por osmose, nas empresas.
Nesta entrevista, Marcos Costa deixa claro que não quer prejudicar ninguém, mas apenas zelar pelo que consta na jurisprudência do país e, é claro, fazer sua empresa de apenas um ano e meio crescer.
Três fatores colaboram para o sucesso precoce da Costa & Siqueira: juventude, inteligência e coragem. Com seus 34 anos, Costa cumpre o seu papel profissional e, acima de tudo, dá um exemplo de como ganhar dinheiro de forma limpa em uma seara repleta de equívocos e savanas de conforto.
Diário: Foi identificado pela Costa & Siqueira que 72% dos acordos corporativos não são aplicados ou não eram aplicados. Que acordos corporativos são esses?
Costa: São vários e por motivos óbvios vou classificá-los como clientes A, B, C e D. Um de nossos clientes, identificado como cliente A, tem um acordo corporativo com a companhia aérea TAM. Esse acordo corporativo dá alguns benefícios dependendo da classe (y) ou outra intermediária promocional (w). Dentro dessas classes, cada vez que o agente entra no site da aérea para vender uma passagem para esse cliente A, deve digitar o código desse acordo corporativo. Identificamos que esse código não estava sendo computado no momento da venda, ou seja, o nosso cliente A estava pagando por uma tarifa publicada, já que ele tinha um acordo corporativo que lhe dava benefícios.
Diário: Quem ganhava com isso?
Costa: A própria companhia aérea que não repassava os benefícios, por uma inconsistência do agente desse cliente corporativo que foi auditado, e a agência de viagens que não aplicando o acordo corporativo e utilizando-se das tarifas publicadas recebia o comissionamento normalmente.
Diário: No âmbito do trabalho dos senhores constam altas cifras de reembolso, ou seja, é um trabalho que é reconhecido e por assim ser, não há o que questionar...
Costa: O primeiro passo é que fazemos uma avaliação do cliente, analisamos relatório das emitidos pelas agências, os TMCs (Travel Management Company), onde se vê o controle dos reembolsos. Cruzamos os dados do sistema da companhia aérea e constatamos a disparidade entre passagens emitidas e passagens utilizadas. Só o cliente A, do Rio de Janeiro, foram R$ 590 mil reais de bilhetes pagos e não utilizados e não reembolsados. O período foi de 2005 e 2006.
Diário: Mas não existe um período prefixado para o reembolso?
Costa: De acordo com as regras da Anac - Agência Nacional de Aviação Civil – os bilhetes têm validade de um ano, o que contraria em alguns aspectos o Código de Defesa de Consumidor. A partir do acordo estabelecido entre as companhias aéreas e a Anac, o cliente tem reembolso de apenas um ano. Essa é uma briga que ainda estamos discutindo com as companhias aéreas.
Diário: Na prática, vocês já tiveram sucesso com alguma aérea?
Costa: Sim. Esta semana conseguimos recuperar para esse cliente A, só da companhia aérea TAM a cifra de R$ 138 mil , numerário acumulado durante o período de um ano. Foi identificado e a TAM reembolsou, devolveu para o cliente. E por coincidência, na última sexta-feira um gerente do Rio de Janeiro da companhia aérea enviou um e-mail concordando em pagar os R$ 320 mil apurados por nossa empresa para o período anterior àquele.
Diário: Uma tremenda vitória...
Costa: Sem dúvida, ficamos um ano brigando, discutindo por nosso cliente junto com nossa assessoria jurídica que nos dá todo o respaldo legal. Depois de quase um ano de batalha a TAM concordou não em pagar os 320, mas 316, pois segundo eles alguns bilhetes já haviam sido reutilizados; sim, foi uma vitória.
Diário: O senhor afirma que 8% do volume de despesas com viagens corporativas são de cobranças irregulares, como isso é possível?
Costa: Esse número varia de empresa para empresa. Está incluído aí, cobranças de Fee por serviços que os clientes não utilizou. Cada Transaction Fee (Taxa por transação), o cliente paga um fee acordado com essa agência de viagem. O que nós apuramos é que o número de transações cobradas não refletia o número de transações solicitadas pelo cliente.
E vamos mais além, em um cliente B, conseguimos apurar que teve um faturamento de mais de 30 milhões. Identificamos, no fechamento de um trimestre, que houve despesas alocadas no relatório de cobrança do cliente que não foram efetuadas. O cliente realizou um evento naquele trimestre que contabilizaria mais ou menos R$ 250 mil. Apuramos as informações e fomos conferir esses dados específicos com o relatório das agências de viagens. Esse relatório, para o mesmo período, e para o mesmo evento tinha um lançamento equivalente de R$ 1.3 milhão, mais de 958 mil de enxerto, valores, de serviços não realizados. Esse foi o caso mais grave que pegamos de informação inconsistente.
É preciso deixar claro que o valor de R$ 958 mil lançado no relatório irregularmente, não significa que o cliente pagou esse montante, a única coisa que o cliente teve de despesa é o Fee da agência, que foi 2% sobre esse volume, a taxa de agenciamento.
Diário: Além dessas apurações administrativas, o que se percebe também é um trabalho de prestação de serviço público, pois vocês identificam impostos que não estão sendo arrecadados...
Costa: Exato. Vamos voltar para o cliente A, do Rio de Janeiro. Nós solicitamos notas fiscais para serem avaliadas. Enviaram uma amostragem para analisarmos se os tributos estavam sendo arrecadados. A curiosidade é que as emissões para o cliente A não eram do Rio de Janeiro, já que a empresa é do Rio de Janeiro. Para nossa surpresa, 86% das notas fiscais foram emitidas fora do RJ. Qual foi conclusão da área tributária: Nesses estados existe incentivos fiscais, por exemplo o ISS de Minas Gerais é menor, que o do Rio e o de São Paulo.
Por outro lado, como os percentuais de comissionamento são diferentes em alguns estados que não se alinharam ao acordo da ABAV Nacional, as agências – que possuem filiais nesses estados, concluímos que a agência retornava 06% de comissão ao cliente, no entanto, dentro de nossa apuração, constatamos que a agência estava arrecadando 9%. Isso foi comprovado.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ex-executivo da HRG / BTI abrem consultoria




Plantão de Notícias http://www.panrotas.com.br/
» Viagens Corporativas
Publicada em 21/1/2009 19:09:00

Marcos Costa, ex-executivo de Contas da HRG/BTI em parceria com José Antonio Neves, ex-Deloitte, e Masakazu Hoji, professor de pós-graduação do Mackenzie, abriram uma empresa de auditoria e consultoria focada exclusivamente no setor de viagens e eventos corporativos. A Costa & Siqueira Consultoria e Auditoria já possui em sua carteira clientes como L´Oréal, Bayer, Eli Lilly e Novo Nordisk. Outro cliente que contratou os serviços da consultoria foi a Abav-SP, de acordo com Costa, a consultoria realizou, já em 2008, cursos sobre gestão de contratos corporativos, prospecção de clientes corporativos e precificação fee. Já nos trabalhos junto às agências especializadas em contas corporativas, Costa afirma que foram identificados irregularidades e a empresa conseguiu algumas conquistas como: recuperar valores expressivos em bilhetes pagos, não utilizados e válidos para reembolso; identificar cobranças em duplicidades no cartão de crédito virtual; identificar que 72% dos acordos corporativos não eram aplicados; entre outros. Mais informações no http://www.costaesiqueira.com.br/.
Marjori Schroeder

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sistema de Precificação FEE


Grandes empresas que terceirizam os serviços de Viagens e Eventos Corporativos, estão caindo em uma armadilha perigosa, "A Precificação FEE" que a princípio parece uma alternativa transparente de remuneração na relação entre a Empresa Contratante e Agência de Viagens Contratada. Infelizmente alguns empresários mal intencionados, já conseguiram perverter um modelo sério que funciona em Países onde a LEI é aplicada e o setor fiscalizado. O que temos observado e constatados nas Consultorias e Auditorias realizadas é um esquema de grandes Agências com Fornecedores, com o único intuito, arrecadar muito $$$ com a falta de conhecimento técnico de Gestores das Empresas. Podemos elencar os principais fontes de receita irregulares:

1. Comissão e Incentivos pagos a Agência e não repassada a Contratante;
2. Contratos Net ou Net/Net falsos;
3. Taxas e Tributos repassados indevidamente;
4. Mão de obra totalmente em desacordo com a CLT;
5. $$$ de Reembolso perdidos;
6. Serviços pagos e não realizados.

Perguntas:
1. Sua Empresa confia no fornecedor Contratado?
2. Já teve alguma situação de irregularidade constatada em sua Empresa?
3. A Agência que você trabalha se enquadra neste esquema ou trabalha de forma honesta?
4. Passou por algo parecido?

Participem, não há necessidade de identificação, sua opinião é muito importante !